O comportamento de compra ultrapassa barreiras de tempo, espaço e formato. O momento Omni Channel vem nos dizer que, hoje em dia, precisamos desenvolver estratégias para falar com os diferentes canais: físico, virtual ou móvel. Dependendo da categoria, podemos facilmente ver no celular e comprar na loja, ver na loja e comprar no celular, pesquisar na internet e comprar no celular, entre outras variáveis. Pensemos por exemplo, na NikeID, que é o conceito usado pela marca para personalizar a identidade de seus consumidores, permitindo-os customizar seus tênis e t-shirts. Ao ir à loja, você encontrará todas as possibilidades para a customização do seu produto. E essa alternativa de serviço exclusivo, também é possível pelo site e no celular.
O fato é que o consumidor se relaciona com a marca, estabelecendo vínculos emocionais e o shopper define, escolhe e interage com a compra. Estas duas partes conceituais fazem parte do indivíduo que somos. Dentro deste complexo comportamento humano, em termos de consumo, ainda sofremos influências regionais e das tendências globais.
As marcas precisam estar atentas às estratégias de comunicação globalizada e a necessidades das adequações regionalizadas. Hoje em dia, o ser humano não tem barreiras. Somos cidadãos do mundo, viajamos e interagimos com várias línguas, com várias pessoas, física ou virtualmente.
Devido a esse fato, uma marca não pode, por exemplo, ter uma defasagem num lançamento de um produto de mais de um ano de um país para o outro, como acontecia e ainda acontece em alguns segmentos. O consumidor não se conforma, em ver o iphone 5C sendo lançado em Nova York e tendo que esperar meses para que este chegue ao Brasil. A Samsung, por sua vez, lançou o Modelo Galaxy Note 2 (acredito que já tenha contado esse caso, em uma matéria nesse blog) e tive a oportunidade de sair do Brasil, em pleno lançamento da campanha.
Quando cheguei a Paris, a novidade estava ocupando todos os PDVs ; e que para minha surpresa ao chegar à Budapeste, encontrei a mesma “euforia”. Isso mudou completamente a minha imagem a respeito da Samsung, uma empresa com o poder de execução absurdo e admirável. No mínimo, isso cria respeito e gera admiração e credibilidade. Sem contar, que estamos na era do movimento, das transformações e do consumidor mimado: eu desejo/eu posso/eu compro aqui e agora”, fato este, que me deixa bastante assustada e com vontade de, cada vez mais, publicar matérias e questões sobre o consumo consciente neste blog.
Em todo caso, para fechar a primeira parte desta matéria (amanhã continuamos!), gostaria de dizer que, independente do meio de interação e compra, a metalinguagem da marca (comunicação, ações, campanhas, inovações) precisa gerar uma experiência espelho, que nada mais é, o que acabei de citar acima, ou seja: onde quer que você esteja interagindo com a marca, esta reflete a imagem que do que ela representa.
Tivemos nesta semana o ABA Trade São Paulo e nele pude falar destes e de outros assuntos. Semana que vem, começamos o nosso curso de extensão de Trade e Shopper Marketing, na ESPM Rio. Se você quiser desenhar as plataformas de contato de sua marca, compreender como integramos sell in e sell out, conhecendo modelos de execução e criando os KPIs para mensurar a eficácia da ativação de PDV, seja você Trade, Marketing ou Comercial, venha debater conosco. Estaremos juntos falando dessa nova forma de ver e abordar o Shopper, assim como da nova era empresarial, que visa a integração dessas três áreas mães de qualquer empresa.